domingo, 14 de junho de 2009

Aos defensores do Português.

Eu não tenho paciência pra estudar português.
Juro que não tenho. A mim, a proposta de
estudo é tão pretenciosa quanto irritante e
disnecessária.

Alguém, por favor, e explica por que raios
andamos praqui a estudar a Mensagem,
Os Lusíadas, o Felizmente Há Luar, o
Memorial do Convento... Ah, e é claro,
a gramática.
Expliquem-me!
Andem lá...

Ou será que não há uma explicação para tal
coisa?

Passamos um ano a estudar essas merdas,
mas para que? A Mensagem, do Grande Pessoa,
fala sobre uma mensagem a todo povo português.
E qual é o momento em que falamos nisso? E qual
é o momento em que nós nos damos conta disso?
Aposto que nem nossos professores sabem,
quanto mais nós?

Na escola, ensinam-nos a decorar coisas.
Natural, há coisas que são pra decorar.
Mas há outras que deveriam ser pensadas, e não
"reditas".

Expliquem-me. por favor.

2 comentários:

V for Vanessa disse...

Eu passei esta semana a perguntar-me exactamente o mesmo. Porquê obrigarem-nos a estudar isto e praticamente a decorar, quando é possível contar pelos dedos aqueles que vão utilizar isto tudo mais tarde. Also, os estudantes ao serem obrigados a ler isto tudo não criam empatia com as obras e nem se dão ao trabalho de as ler, desperdiçando assim grandes obras literárias. Eu concordo que Os Lusíadas seja das melhores obras portuguesas, o mesmo com a Mensagem. O Memorial do Convento, mesmo não gostando da maneira como Saramago escreve e do facto de ser obrigada a ler, não posso negar que do pouco que li, reconheci que era um bom livro.
(Felizmente Há Luar! foi o unico que li todo). :D

Gramática, well, é sempre bom saber escrever bem e reconhecer diversos aspectos gramaticais na escrita, mas não é a decorar que isto vai lá e sim com a prática de escrita. Odeio gramática! -.-

Vou voltar à Mensagem.
**

Joana disse...

Uma coisa: O português serve para, na quarta linha, não escreveres "disnecessária".
De resto, tens razão. Mas não é com o português. É com tudo. Relatam-nos coisas, automáticas, as palavras decoradas, saem sempre da mesma maneira, sempre os mesmos modos... Coisas que nunca nos vão ajudar a viver. Ninguém vinga por saber a vida dos outros.