quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Tu Reis, Eu Campos.

As nossas semelhanças, que eram tantas, começaram a mostrar-se mais reduzidas. Eu comemorava, éramos diferentes, e isto fazia com que completássemos-nos mutuamente. Mas gostavas de Reis, e eu de Campos. Mostravas-te extremamente reticente quanto a estas diferenças, mas eu abraçava-las. Afinal, tu gostas de Reis e eu de Campos. Um dia, acabaste comigo. Dizias que continuavas a gostar de mim, mas não era aquilo que esperavas. E por mais que o repetisses com a maior das naturalidades, continuava a não me fazer sentido. Se amamos-nos, por que cessar? Mas gostas de Reis, e eu de Campos. Quase dois meses passaram, e eu continuo a amar-te como se nada tivesse acontecido. Tu dizes-me que também amas-me, e que ainda gostas muito de mim. Mas que não consegues ver-nos juntos outra vez. E sentido não me continua a fazer, mas por amar-te, respeito a tua decisão. Afinal, gostas de Reis e eu de Campos...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Para que?

Quando consigo colocar a sentimentalidade em segundo plano e racionalizar, vejo que ao perder-te, mais ainda do que perder-te a ti, eu perdi uma esperança, um objectivo claro. Quando estávamos juntos, eu aguentava as coisas mais complicadas a pensar "tudo por ela. ela faz com que esta pena seja válida". No entanto, desde que te foste, este desejo extinguiu-se. Agora, há certas coisas que não fazem sentido serem ultrapassadas. Não há nada do lado de lá, que faça realmente valer a pena. Eu tento pensar que sou eu que faço valer a pena, e que é pelo bem do meu futuro. Mas não me parece suficiente. É como se eu me aceitasse como causa perdida, e por isso, não me preocupasse em tentar consertá-la. Talvez seja esse o meu caso, talvez seja, de facto, uma causa perdida.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sim ou não?

Por vezes, pergunto-me se ainda vens cá. Lembro de me o dizeres, que todos os dias cá vinhas, qual ritual sagrado. Pergunto-me, e transtorno-me. Pois se dizes que 'não', penso: "já perdeu assim tanto o interesse em mim? terá sido aquilo tudo apenas farsa?"'; por outro lado, se é um 'sim' a tua resposta, penso: "se ainda assim mantens o teu interesse em mim, como podemos estar assim tão distantes, e continuar a sentirmos-nos bem?".


E, com este paradoxo, transtorno-me ainda mais. até que deixe de pensar nisto. durante alguns segundos, e volte outra vês a fazê-lo.