terça-feira, 13 de setembro de 2011

Doze de Setembro.

Não sei porque te amo.


Posso dizer que é por seres linda, fruto dos teus belos olhos castanhos da cor da avelã (cor do mel quando exposto à luz), da tua tez alva e do teu peculiar cabelo. Posso também dizer que é por causa do teu metro e 'cinquentessete' de grandeza poética, que faz-me sentir tão grande e tão bem quando te abraço. Posso dizer o quanto adoro o gosto musical, com tantas semelhanças quando comparado ao meu, que posso fechar os olhos e dizer-te "escolhe algo para eu ouvir". A tua fascinante inteligência, sempre activa e reflexiva, pronta a ouvir e a falar. Também há o teu magnífico acervo culinário ao qual já fui levemente exposto (e que adorei mesmo aquilo que classificaste como lixo). Sem esquecer a tua grandeza emotiva, gigante num corpo pequeno.

Posso dizer isto tudo (e muito mais) sobre ti.
Contudo, não sei dizer qual (ou quais) destes me fez apaixonar por ti. Talvez todos juntos, talvez nenhum.


Mas quanto a uma coisa, não tenho dúvidas:
Eu te amo.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Glimpse

A tua tristonha voz é mais destrutora do que cem mil bombas atómicas.

Torre Babilónica

A vontade é tremenda. Não há ciência que a consiga explicar ou medir;
A dor é fastidiosa, fá-lo arrastar-se por onde passa.
A incompreensão é plena, sente-se como um mudo entre cegos.

Ele grita em claro latim, mas ouvem-lhe em aramaico.
Ele martiriza-se, por não ser compreendido.


Mas a culpa É dele.
Afinal não importa se ele pensa que está a gritar em latim,
o que sai da sua boca, é aramaico.

domingo, 24 de julho de 2011

24/07/2011

"O rescaldo disto, são sonhos. Quero ir contigo aos mais distantes cantos, e fazer as mais estúpidas coisas. Quero amar-te, em carne e em pensamento. Quero viver-te, quero que me vivas. Não, não me entendas errado. Não estou a reclamar, estou apenas a sonhar."

quarta-feira, 15 de junho de 2011

love thoughts.

Qualquer distância que nos separe,
que seja superior à de um abraço,
é fisicamente inquietante.



adoro-te.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vene cum me.

Pára. Olha-me para estas mãos. O que vês?
Eu? Eu não vejo nada, é sempre mais difícil olharmos para nós
mesmos. Mas nas tuas, eu vejo o mundo. Vejo hábeis
ferramentas, capazes de tudo construir, e tudo demolir.
Vejo um caminho por percorrer, uma estrada, uma trilha,
uma incógnita. Mas uma incógnita que quero descobrir,
ah como quero eu saber o que existe na outra ponta.
Um desafio, uma charada. Mas, oh!, como sou curioso...
Quero descobrir-te.

Deixa-me que te agarre as mãos.
Não tremas, não há o que temer. Eu estou aqui.
Deixa-me que te agarre as mãos.
Vamos juntos? Quero desvelar-te. A ti, e ao teu mundo.

Vamos. Juntos?
Vamos! Juntos.


Vem, Lídia.

Enlacemos uma vez mais as mãos, Lídia.
Porque passar como um rio (e é isso que se espera da vida)
e não trazer connosco senão a água que nós somos,
é como simplesmente não ter passado.

Amemos-nos intensamente. Juntos, um do outro,
com palavras, e carícias, e beijos, e abraços.
Pois, apesar de nobre, o querer não supera - nem atinge -
a grandiosidade do fazer.

Colhamos flores. Olha, toma. Pega nestas, e põe-nas
no colo. E mais uma em teu cabelo, para que este cheiro
intensifique este momento, em que cremos em tudo.
Pagãos conscientes da (e coniventes com a) decadência.

Ao menos, se eu for sombra antes de ti, que as tuas
lembranças sejam boas, ou más. Mas que sejam lembranças,
e que te invoquem sentimentos, por tanto nos termos amado.
Mais que crianças no agir, e menos no pensar.

E se antes do que eu levares o óbolo ao Barqueiro Sombrio,
Muito sofra eu, pelo tempo que passámos, e pelas saudades
que terei de ti. Ser-me-ás intensa, e inconstante.
Doce Pagã nua. Meu complemento.





terça-feira, 24 de maio de 2011

now.

Se eu morresse agora, eu morria feliz.
Mas neste momento, morrer é a penúltima coisa em que quero pensar.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

patheticus

patético (à)
(latim patheticus, -a, -um, do grego pathetikós, -é, -ón, capaz de emoção ou sentimento, cheio de sentimento)
adj.
1. Que move os afectos!. = tocante
2. Que suscita piedade, dó ou tristeza.
3. Que causa desdém por ser ridículo ou exagerado.
s. m.
4. O que comove, o que fala ao coração.
5. Sentimento.
6. Arte de comover.

(in priberam)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lenistwo

Hoje uma amiga tentou convencer-me dos benefícios da preguiça. Basicamente, segundo ela (que já parafraseia outras pessoas), a preguiça é a força que move o mundo. Todo avanço tecnológico, é fruto da nossa preguiça, e da nossa vontade em extingui-la. Contudo, para que qualquer coisa pudesse ser feita, era necessário que uma (ou várias) pessoa (s) movimentassem-se para poder criar.

E aqui reside a diferença entre mim e estes todos outros. Eles, apesar da preguiça, conseguiram mover-se.

Eu? Eu sou apenas a preguiça. Tão e somente.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Brief Thought.

Desculpa. Eu penso sempre que sou importante, porque a minha vida não existe sem mim,
E acabo por esquecer o quão insignificante eu sou para a vida alheia.



quarta-feira, 23 de março de 2011

1/10

Se há uma característica em que consigo exceder aos outros, é na qualidade de fingidor.

Até hoje, ainda há quem julgue que sou inteligente. Esses mesmos, também costumam louvar um certo conhecimento vasto, uma grandiosidade de espírito, e uma certa extroversão.

Quem me dera ser uma décima parte daquilo que julgam.

terça-feira, 15 de março de 2011

Reconhecimento à Loucura

Reconhecimento à Loucura

"Já alguém sentiu a loucura
vestir de repente o nosso corpo?
Já.
E tomar a forma dos objectos?
Sim.
E acender relâmpagos no pensamento?
Também.
E às vezes parecer ser o fim?
Exactamente.
Como o cavalo do soneto de Ângelo de Lima?
Tal e qual.
E depois mostrar-nos o que há-de vir
muito melhor do que está?
E dar-nos a cheirar uma cor
que nos faz seguir viagem
sem paragem
nem resignação?
E sentirmo-nos empurrados pelos rins
na aula de descer abismos
e fazer dos abismos descidas de recreio
e covas de encher novidade?
E de uns fazer gigantes
e de outros alienados?
E fazer frente ao impossível
atrevidamente
e ganhar-Ihe, e ganhar-Ihe
a ponto do impossível ficar possível?
E quando tudo parece perfeito
poder-se ir ainda mais além?
E isto de desencantar vidas
aos que julgam que a vida é só uma?
E isto de haver sempre ainda mais uma maneira pra tudo?

Tu Só, loucura, és capaz de transformar
o mundo tantas vezes quantas sejam as necessárias para olhos individuais.
Só tu és capaz de fazer que tenham razão
tantas razões que hão-de viver juntas.
Tudo, excepto tu, é rotina peganhenta.
Só tu tens asas para dar
a quem tas vier buscar."

José de Almada Negreiros

segunda-feira, 14 de março de 2011

Aquileia.

Antes de tudo, peço uma licença romântica. Obrigado.

[...] Estas palavras vinham apetrechadas, não de asas, mas sim de um cortante bronze.
No seguinte momento, não houve ser vivo à face da Terra, que não tivesse ouvido o grave grito de Aquiles. Os Troianos de rápidos cavalos declaravam a vitória, enquanto os Argivos recuavam para as suas velozes naus.
Gritos de horror invadiam o acampamento dos Aqueus. Mas foi o choro do Pelida que despertou a atenção da deusa Tétis, que surgiu a seu venerável filho:
- Aquiles, meu filho, que mágoa te aflige? Qual é o dolo que causa o teu pranto?
- Foi Pátroclo, filho de Menécio, que morreu pelas mãos de Heitor. Essa é a causa da mágoa que me transtorna
- E o que vais fazer agora?
- ...? [como que a despertar de um sono profundo] fazer?
- Sim, o que pretendes fazer?
- [seu choro torna-se raivoso, e fala entre dentes] Vou matá-lo.
- Temo então que não viverás por muito tempo.
- Por que o dizes?
- Os vossos destinos. Têm-nos agrilhoados pelas moiras. A morte de Heitor condiciona, de imediato, a tua existência.
- De que maneira?
- Com a morte.
- Não me importa.
- Por favor, meu filho... pensa bem no que estás a dizer...
- NÃO ME IMPORTA! Vou matá-lo! Vou matá-lo e espezinhá-lo até que se desfigure. Não volto para enterrar Pátroclo sem a cabeça de Heitor em mãos. Sem o amor de Pátroclo, de nada me valem as glórias mundanas.
- Deixa-me, ao menos, que te ajude.
- Não! Mantém-te fora disto!
- Não quero envolver-me em qualquer tipo de combate, filho. Quero apenas entregar-te esta armadura, que perdi a Hefesto, o ambidestro, que forjasse. É feita dos mais nobres metais, e não há oura, dentre os mortais, que a ela se iguale.
- Obrigado, Mãe. Obrigado.

E assim dizendo, revestiu-se de sua bela armadura e, por entre uma crescente raiva, saiu de sua tenda, em direcção à zona de combate, e incitou seus companheiros:
- Não desistais, Dânaos! Sois demasiado fortes, para desistir! Grande é, e ainda maior será, a vossa glória em todo o mundo!

O amor que tinha a Pátroclo, e o ódio por Heitor, juntaram-se à armadura do Pelida, fazendo com que uma aura incandescente o envolvesse, inspirando em seus companheiros uma confiança tal, que motivou todos Aqueus de belas cnémides, a voltarem ao combate.

Os Troianos por sua vez, depois de verem doze companheiros demolidos por Aquiles, de uma só investida, batem em retirada. A eminencia da noite, fez com que os Argivos não perseguissem os Troianos, mas antes voltassem para seu acampamento.

Quando surgiu a que cedo desponta, a aurora de róseos dedos, Aquiles trajou-se com sua armadura, e saiu uma última vez de sua tenda (ainda a soluçar lágrimas de dor). Dirigiu-se, seguido de perto pelos Aqueus, para as portas de Tróia. A enxugar suas lágrimas, gritou raivosamente:

- HEITOR, MEU CABRÃO! Vem p'ra cá se não quiseres ver as tuas muralhas a ruir e a tua cidade a arder.
- O que dizes, ó Louco Pelida?
- Sai e vem combater! Não saio daqui sem o teu cadáver.
- O que dizes, homem tolo? Julgas-te capaz de me vencer num duelo?
- Sim!
- És insano!
- Esse é um problema meu, certo?!
- Está bem, aceito o teu desafio. Serão os olímpicos testemunhas de nosso combate. E enquanto nenhum de nós tombar eternamente no duro chão, manter-se-ão tréguas entre os Argivos e os Troianos.
- De acordo.

Aquiles cessa o seu choro, permanecendo apenas com os olhos ainda mareados. Heitor sai de Tróia acompanhado pelos seus companheiros. À volta dos dois heróis, um diante do outro, encontravam-se aglomeradas uma e outra facções. A Heitor entregaram os troianos três lanças; Aquiles tem apenas a que trazia consigo. Antes de começarem, saúdam-se mutuamente:

- Chamo-me Aquiles. Filho de Peleu, neto de Éaco. Senhor entre os Mirmidões.
- Sou Heitor. Filho de Príamo, neto de Laomedonte. Senhor dos Troianos.

Dando então início ao combate, Heitor três vezes muniu-se de suas lanças, três vezes as atirou, e três vezes Aquiles se desviou. - É tudo o que tens? - Exclamou o Pelida. Com raiva, o Priâmida empunhou sua espada, e correu para cima do inimigo.
O de pés velozes, avançou para Heitor, pôs fim ao balançar da brônzea espada espada Troiana, e deferiu apenas um golpe com a sua lança, entre o peito e o pescoço de Heitor, pondo assim fim à sua vida. Este, como último suspiro, suplicou ao Rei dos Mirmidões que retornasse seu corpo a Príamo e Hécuba, para que lhe fossem prestadas as devidas honras funerárias. Em vão foram tais palavras, posto que já não mais queria Aquiles saber das leis às quais -encontram-se subjugados os mortais.

Dos olhos do Pelida, brotavam torrentes lacrimosas. Sentia-se, finalmente, aliviado. Atingira, finalmente, a sensação de dever cumprido. Julgava, finalmente, ter vingado Pátroclo. Nunca antes lhe soubera tão bem arrebatar a vida de um inimigo. Contudo, este sentimento durou-lhe apenas efémeros momentos, visto que, passado o choque inicial, os Troianos ameaçavam avançar sobre Aquiles, parava vingar a morte do amado Rei. Ao Peleu, bastou o bater do pé direito contra o chão, e um urro a plenos pulmões, para dissipar qualquer cogitação de investida Troiana. Começara então a despir Heitor de suas brônzeas vestes.

Quando acabou, os Dânaos preparavam-se para retornar para o acampamento, mas Aquiles deteve-se, agarrou em sete cordas, e voltou para junto de Heitor. Sete vezes, esfaqueou o desnudo Priâmida. Sete vezes, prendeu-no a seu carro. Sete vezes, cuspiu-lhe para a cara, e sete vezes amaldiçoou Tróia. Sete vezes gritou por Pátroclo, e sete foram as voltas que deu às muralhas da Cidade, arrastando o corpo de Heitor.

Horrorizados (e por detrás das muralhas) assistiam os Troianos à terrível cena. Ao fim da sétima volta, Aquiles destrela o corpo de Heitor, e prepara-se para o degolar. Alexandre, o outro Priâmida, antecipa-se a Aquiles, e dispara-lhe uma flecha (guiada por Febo Apolo), que atinge no calcanhar do Pelida, que tomba por terra, com um sorriso em seu rosto, de imediato. Os Troianos regozijavam-se, enquanto os Argivos desesperavam-se. Eminente era o retomar do combate, quando o sábio Nestor dirigiu ao nobre Príamo as seguintes palavras apetrechadas de asas:

- Suspendamos as armas para podermos prestar as devidas honras aos nossos heróis.

Príamo respondeu com um aceno positivo, e ordenou que fosse recolhido o corpo de Heitor. Da sua parte, os Dânaos retornaram para as suas côncavas naus, para poderem, juntos, chorar os seus mortos. Ulisses carregava o corpo de Aquiles. Ao chegar, o Laértida prostrou o corpo que trazia, junto ao de Pátroclo. Uma vez mais, antes de serem cremados, encontravam-se os dois juntos, no mesmo estado e condição. Uma vez mais, sorria Aquiles junto a Pátroclo.

Uma vez mais...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Prometeu, Agrilhoado.

[...] E ao proferir tais palavras, Zeus Basileus* fez com que emergissem das águas, quais peixes saltitantes, inquebrantáveis correntes, que prenderam Prometeu sem que pudesse, sequer, esboçar uma reacção. Estava decidido. O Supremo Juiz declarara: Prometeu passará a sua (eterna) vida preso ao Cáucaso, e a ter seu fígado, debicado por uma águia. Somente para que o fígado recresça, e volte a ser consumido no dia seguinte. Essa espera pelo retorno da ave, é das piores angústias que um homem pode sofrer. Todos dias, tenta também, em vão, partir as correntes, para se poder libertar da sua eterna punição.

A incessabilidade*, faz com que este seja, pois, o mais cruel dos castigos. Bem merecido, contudo. Não tivera ele cometido o mais grave dos crimes: dera aos homens o segredo do fogo, que Zeus guardava para si.

A Perpetuidade da punição, e a durabilidade das correntes são do conhecimento de Prometeu. Afinal, foi ele quem deu o Fogo ao Homem.

Mas não é por isso que ele deixa de tentar rompê-las.
Afinal, foi ele quem deu o Fogo ao Homem.


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* Basileus: palavra grega com o sentido de "rei". dei preferência a esta forma, pela eufonia provocada pela expressão "Zeus Basileus"
* Incessabilidade: palavra que julgo ser um neologismo por mim criado. Tem a pretensão de expressar a capacidade de Incessante.

terça-feira, 1 de março de 2011

Imóvel, imovível. Amovível.

É impressionante como muda o meio, mas o problema continua a ser o mesmo. Já há largos meses que tenho dito que quero escrever mais para o meu blog, e postar mais. Eu até acabo por fazer alguns textos mas, como tudo o resto, parece que não consigo passar à prática. Medo de ter medo. Um dos meus piores defeitos. Se eu olhar para qualquer coisa que esteja mal na minha vida, passa sempre pelo mesmo: a inexistência de tentativas.

Eu sou a causa dos meus problemas.
Eu sou os meus problemas.
Assim sendo, sou também a solução.

Será?
(...)
Será?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Longos Devaneios.

Eu nunca parei para consolidar estes pensamentos, talvez porque me assustassem bastante (não que não me assustem hoje, simplesmente alterou a intensidade), mas parece-me que esta é uma boa altura para o fazer.

Outro dia, meu pai disse-me que teve receio que eu não aguentasse, quando eu vim morar para Portugal. E até então, eu nunca tinha visto as dificuldades que esse acto implicavam, uma das quais, eu sofro até hoje. Certo é, que eu não tinha muitos amigos em 2006, quando deixei a minha casa no Méier e vim morar para Carcavelos em Portugal, mas havia toda uma realidade da qual eu estava cercado desde que nasci, e era a única que eu verdadeiramente conhecia. Algumas vezes, eu apanho-me a pensar, e parece que não tenho vivências. Grande parte da minha infância, é encarada por mim, como memórias alheias. É como se eu tivesse sido somente um espectador, e não as tivesse vivido.


Certo, eu concordo que a minha vida entre a sexta série e a oitava (o tempo até então dividia-se assim. por séries escolares, e não por anos) foi um grande desperdício. Mas daí que eu não me consiga ver como a viver aquilo? Estou a por em causa a minha própria existência.

Para rematar, meu contacto com pessoas que conhecia na altura, é (semi) nulo. E a existência daquele semi, só é possibilitada pelo Roberto, que tanto insistiu, e tanto insiste comigo. Sabem aquele contacto que mantêm com os antigos colegas de escola? Isso para mim não existe. Minha vida, para trás de dezembro de 2006, não existiu.

Quais são as raízes que eu tenho na MINHA cidade? Família? Alguma, sim. E amizades? não existem. Se voltar para lá, sou mais estranho a tudo a todos, do que aqui. Sou tão estranho lá, quanto sou estranho em qualquer outra cidade, que eu nunca tenha estado.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Outro dia...

Taí uma expressão bastante funcional, mas que é usada em demasia, e demasiadamente errada. Já repararam no uso que as pessoas dão a essa expressão? Não? Hão-de reparar. Se analisarmos com bom senso, a expressão em si, qual é a ideia que transmite? "Bem, aqui há uns dias, aconteceu X ou Y." Boa, porreiro. O problema, existe quando as pessoas utilizam a expressão "outro dia...", para se referir a acontecimentos ocorridos há meses, há anos (!!) e/ou (a que mais me irrita), ontem. Não pode ser! A expressão encerra em si, uma noção de distância. Nem tão próxima (ao ponto de não poder ser ontem), nem tão distante (dois meses atrás? c'mon!). Sou a favor da criação de uma regra para o uso do "outro dia...". Aliás, proponho já aqui, que "outro dia..." seja aplicável apenas num intervalo de tempo compreendido entre "anteontem" e "há um mês e meio". Qualquer posicionamento temporal fora desta linha, deveria ser considerada como errada e absurda.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Moody Bits.

Qual foi a última vez que choraste? Não pareces nada bem.

Não, não mudes de assunto. Qual foi a última vez que choraste?

Estas a sorrir, eu sei. Mas isso não significa que não estejas triste.

Hum? Como assim?

Ah! Mas quem me diz o teu humor, não são as tuas palavras. São os teus olhos.

Chora, pequena.

Anda, eu sei que é difícil, mas chora pequena.

Não digas asneira, não é não chorar que te faz mais forte. Chora, pequena.

Isso... Chora, Pequena.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Entretanto...

- Cara, ela fez isso?
- Fez...
- CARA, ERA UM SINAL!
- SÉÉÉÉÉÉÉRIO? E EU NÃO SABIA...
- ENTÃO POR QUE NÃO FOSTE?!
- A certeza só existe para quem está a ver de fora.
- Mas se tinhas dúvida, por que não tentaste?
- Faltam-me as bolas.


dedicado à todas que queriam, me pediram, mas eu não dei.