segunda-feira, 21 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
A Saramago.
Sim, eu tinha fome e comi uma vírgula. Mas tu? Tu estavas enfastiado, passaste mal e vomitaste-as.
Devaneio na Gulbenkian
Ó chefe, traz-me lá um bocado de 'razão de viver'. Ah, mas sem 'metafísica', que eu tenho um intestino muito sensível
Estética. Ou melhor, Aesthesis.
Hoje tive um 'daqueles' momentos em que a vida passa a ter muito mais sentido.
Às 6 da manhã, sob o despertar do dia (já com luz, ainda sem sol), e acompanhado pelo frio matinal de uma atípica manhã de (fim-de-) primavera, caminhava em direcção à estação de Carcavelos, ao som de Coltrane e Duke Ellington.
São momentos assim, que me fazem acreditar na existência de um ser superior (ainda que só por umas dúzias de minutos).
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Deambulações. [2]
É favor ler o de baixo primeiro. Este é uma espécie de continuação.
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Acabou-me a folha. Agora, escrevo num talão de multibanco. Tento encolher a letra, para fazê-lo render. Letra pequena? Nem parece meu, mas das necessidades saem inventos. Se bem que não se pode chamar pequeno a isto.
Mente vazia, oficina do diabo. Há tantas coisas que gostava de fazer e não consigo.
Mas acho que a vida é mesmo isso. A arte do conciliar tudo que gostamos e gostaríamos de fazer, com aquilo que TEMOS que fazer.
--- verso ---
às vezes, de tempos em tempos, gosto de atravessar, à noite, a estação de Carcavelos pela linha. Neste momento, parei ao pé de um poste, e escrevo isto encostado a uma árvore. E sabe-se lá como, arranjei espaço no talão para continuar a escrever.
Deambulações. [1]
É impressionante como a criatividade não tem sítio nem hora para aparecer. Neste momento, encontro-me no comboio, com um bocado de papel que achei na carteira (vivera a função de lista de compras hoje mais cedo), com uma caneta que desviei, na semana passada (da sala da tuna), que havia deixado na mala do Aikido, e encontro-me também, cheio de vontade de escrever, sem pensar em nada, nem ninguém, em concreto (neste momento [ou melhor, há bocado, quando escrevi o que já havia pensado, e pensava em novas coisas para escrever], penso em duas ou três pessoas).
Tenho o papel à mão, a mão e a coxa, esquerdas, fazem de suporte.
Oiço Coltrane(ou melhor, ouvia. Estou com Geirinhas no repeat agora) e espero que o comboio arranque. Foda-se! O pensado é algo tão rápido! Tão rápido, que há havia arrancado o comboio, e eu ainda nem havia escrito que estava a espera.
Passo a folha para a perna direita.
Ouvi-la a cantar, inspira-me. Faz-me querer gravar mais declamações. Talvez amanhã grave mais um ou dois Campos.
Esta gravação tem um ruído de fundo constante, que apesar de chato é muito charmoso.
Nossa, estou a ficar sem papel. Daqui a pouco escrevo em lenços.
Agora parei de escrever. Sobra-me tão pouco espaço na folha, que acho que quero que ele dure para sempre. Mas qual o sentido em preservar o papel para poder escrever, se nunca vir a escrever algo lá? Esperar pelo momento perfeito? E eu saberei distingui-lo quando chegar? E se o momento perfeito for este? Estou a escrever porque me apetece, e não por julgar ser o momento perfeito. Se for, tanto melhor. Se não o for, azar. Soube bem à mesma.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Quoting.
"[...] 'parece que a sua mãe exprimiu várias vezes, aos amigos, o desejo de ter um enterro religioso. Tomei à minha conta este encargo. Mas queria pô-lo a par'. Agradeci-lhe. Embora sem ser ateia, enquanto viva a mãe nunca pensara na religião"
O Estrangeiro - A. Camus.
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