quarta-feira, 16 de junho de 2010

Deambulações. [2]

É favor ler o de baixo primeiro. Este é uma espécie de continuação.

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Acabou-me a folha. Agora, escrevo num talão de multibanco. Tento encolher a letra, para fazê-lo render. Letra pequena? Nem parece meu, mas das necessidades saem inventos. Se bem que não se pode chamar pequeno a isto.

Mente vazia, oficina do diabo. Há tantas coisas que gostava de fazer e não consigo.

Mas acho que a vida é mesmo isso. A arte do conciliar tudo que gostamos e gostaríamos de fazer, com aquilo que TEMOS que fazer.

--- verso ---

às vezes, de tempos em tempos, gosto de atravessar, à noite, a estação de Carcavelos pela linha. Neste momento, parei ao pé de um poste, e escrevo isto encostado a uma árvore. E sabe-se lá como, arranjei espaço no talão para continuar a escrever.

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