domingo, 27 de dezembro de 2009

l'inconnu

- anda comigo!
- hm?
- anda comigo!
- pra onde?
- vem! (a puxá-lo pelo braço)
- ok, ok, mas não me rasgues a camisa. para onde é que vamos
- é surpresa.
(param de andar, e estão agora sozinhos. todo barulho e luz, provêm de um aglomerado lá ao fundo)
- pronto, chegámos.
- o que se passa? (a sentar-se no chão encostado à parede)
- eu estava farta do barulho. (ao sentar-se ao pé dele) queria poder relaxar um pouco.
- ok. espero que não te incomodes (enquanto mete a tocar o 'kind of blues' no seu telemóvel)
- não. de todo.
- já está. diz-me.
- estou um bocado cansada. (a repousar a cabeça sobre o ombro dele) mas elas todas estão lá a divertir-se, ainda não me quero ir embora.
- hm.
- estás tão calado. és sempre assim?
- dizem que não.
- mas passa-se algo?
- não, nem por isso.
(ela levanta a cabeça, olha pra ele, e eles beijam-se)
- como é que te chamas mesmo?
- rael.
- ah, eu chamo-me...
- rita, eu sei. Já me disseste.
- ah...
- eu já estou habituado. nunca se lembram do meu nome.
- oh, não é verdade. eu agora não me esqueço mais.
- ok.
(ficam a beijar-se durante uma meia hora, até que aparecem as amigas da rita)

- ritaa! vambora.
- eu... tenho que ir.
- ok. adeus, rita.
- adeus... hm... adeus.
- como é que eu me chamo mesmo?
- hmmm... pedro?
- sim (com um sorriso amarelo, mas não muito), pedro.
- eu disse que não esquecia.
- é verdade.

1 comentário:

Querubim disse...

Woooow, adorei :O
Está lindo, Rod :')