segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

(...)

Silêncio. Nada oiço. Salta-me uma lágrima, mas sem fazer barulho.
Olho à volta. Vejo pássaros a rodear, e o vento a passar. Parecem fazê-lo como se do som de uma música qualquer se tratasse, fazem-no de forma rítmica. Mas continuo a nada ouvir. Estarei surdo? É estranho, mas o mundo parece ter outro jeito. Podia jurar que, ainda ontem, a relva era verde, e não cinzenta. Sinto um aperto no peito esquerdo, e a minha cabeça pulsa como se de um terramoto se tratasse. De onde veio toda esta água que me molha, se olho para cima e não chove? Já mais nada faz sentido. Dêem-me dois óbolos que vou ter com o barqueiro.

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